sexta-feira, 9 de outubro de 2009

porcelanas azuis trincadas
a maquiagem esfacela
nos pincéis
um rosto
desconhecido
no giro do umbigo
irriga idéias
sem fim
labirinto dobrado no espelho
no lenço do bolso esquerdo
junto a mão perdida com
cheiro de coisa velha
água escoa
fundo escuro dos olhos
sem venezianas
as paredes
o limo
estes ossos
nada se abre no aberto da alma vazia
corte na palma da mão
tentando fugir ao impossível
mancha na imagem
silêncio no nome
rasura no rosto
ritmo enquanto caco
diafáno da musa que não há
sepultura vazia de santos
e corpos e corpos e outros corpos
em que desejo
o desejo que se esconde
abaixo da pele
entre os lábios
n'um livro fechado.

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