sábado, 17 de outubro de 2009
o corpo sempre treme. oscila. erra. o que fazer quando as pernas vacilam e um frio mais que frio de dor de não e de não-mesmo e de esqueça que. quando as mãos agarram no ar. poucos dias faltam. precisar do hospital é precisar de si. dizer eu é dizer ev. ev sou eu. tão desfolhado e sem sentido. tão latino e sem declinações. a recusa de um pedido que é feito no fundo do olho. um postal que enfim chegar. as passagens compradas. partir do porto uma outra vez para outro mundo. tão lusinsano. enrolado na toalha quero a cama. mas por mais que a lápide lateje, o sono não vem. não há uma legítima conjunção. cama. corpo. tecidos. sono. nada. tudo suspenso. tudo pontiagudo. assim, correndo sem nome diante da pergunta impossível.
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