quarta-feira, 14 de outubro de 2009
o aberto geométrico e encadeado de teus olhos no limite azul. capturado e reverberante. fotografia. o cheiro alvo no corpo de lírio. um copo de leite, toma, o dia amanhece. a cama vazia. o pesadelo retorna. o mar faz do verde um tom de azul. cavalga, caballero, neste jogo de segredos. uma mulher não esconde nas meias (suas) verdades. os pêlos eriçados da nuca abrigam certos temores. o rocambole está pronto. a mulher põe a cabeça no forno apenas para ter certeza. risca o fósforo, ele em seu terno risca de giz, para acender o cigarro. os dados foram lançados. dardos sonâmbulos. o fundo da cena é um par de olhos fechados. o querer saber feito desejo de. dois dedos naufragados n'uma taça de champagne roubada. não brinda! espera a bonne chance! o vazio no estômago se confunde com dor no peito. como escolher entre fome e lirismo? tão cênico. tão cínico. papel cartão que se abre quarto. imaginariamente, do corte gótico no pulso escorre um alexandrino romântico. à sua escolha. como resíduo, resta o beijo, a quem interessar possa.
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