sábado, 17 de outubro de 2009
a felicidade gira quando as taças nem tiveram nada. aliás, taças? copos de pláticos serão a centésima parte do que pode vir a ser um belo cálice. quem dirá da nobreza afogada nisso. água. os dentes roxos refletiam no fundo dos olhos verdes de um não. a música irrita. não, não sou do signo de libra. falo libras e aceno livremente. o corpo sente-se molhado. o romântico pé de cisne dói barrocamente e lembra do vôo. as chances se perdem quando no tiro-ao-alvo os olhos piscam. teci tantos minutos. não tivem nenhum. esse chão imundo em que rolo e deito como o anima que sou. odeio esta música. estas pessoas. não espero nada de uma sexta-feira que não seja 13. e ainda assim com muito custo. imaginei teus braços, teu espetáculo mascarado. espero que outros olhos não se confudam com estes. pensando bem, melhor não pensar. teria sido tão bom se tudo fosse e tivesse ficado enquanto pura ficção. eu não sei fazer poemas, prosa, proesia, apenas isso, documento velado e silenciado que carrega uma assinatura. carta régia. eu simplesmente queria. não sei, como o verei. ainda te vejo. não me vês. resta isso. angústia de erro. de um puxão nas golas erradas. correndo os riscos errados. brincar de equilibrar num parapeito de um décimo andar é mais seguro. mais certo. um vôo de exatidão bilateral poder ser mais uma bela equação num porta-jóias. um salto de um prédio se tornou tão clichê quanto estas luvas de seda. é melhor silenciar devagar. engolir o ranço do vinho. a rolha, para não restar dúvida. fechar os olhos e no escuro fundo da retina não pensar em cor alguma.
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