sábado, 21 de novembro de 2009

xícara de café

"com muitos erres. todos os erres. para todos os erres."

abro a porta. a porrrta. se te ligo insisto. no teu r. voz lânguida deixada embaixo do travesseiro. docemente sem travessuras, toma o doce. este doce. um beijo de bom dia e um pirulito roubado. sem duplos sentidos. encontre o terceiro fechado na palma da mão. e agora? um cruzamento com um plus a mais. uma freada brusca de menos. liga os faróis e corre. fala comigo ou falo com tua mãe. bem simples, quase funcional. assim, com jeito. sabes que sei ter o jeito sem jeito de não ter jeito, mas com o qual sempre me ajeito. ruim, mas altamente sugestivo. ainda. quem falou que estou brincando? queria você aqui. entre meus papéis, imerso no café quente, de gosto quase lascivo. na ascese o café só poderá ser o primeiro e único prazer intelectual, platônico, senão homérico. imagético sorrindo e dizendo vem. o café entre-cigarros. nem sinto teu gosto perfumado. como te esquecer? comporta-te. aquieta-te num gosto forte de vodka. café russo. me encontra depois do último capítulo. depois do fim e antes dos créditos finais. eu ainda (só) quero o (meu) beijo (que me deves).

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