há gestos que se abrem como um ramo de flor
assim, meio mina
meio selva
meio gruta secreta
o poeta observa calado
suas cálidas pernas
não pensas, Antônio,
e te fazes santo
o poeta precisa de um copo a mais
para um verso a mais
uma poesia a mais
não tropeça na esquina, menino,
vira logo
o copo
e as certezas
antes que te descubras,
na orgia,
posto entre uma sepultura e o aslfato
que lateja
o coração é sombra e sobra do relógio
grite e corra
leve os brilhantes roubados
os jornais não lembrarão teu nome
e não contaremos
a ninguém.
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