quinta-feira, 26 de novembro de 2009

crime

quando penso na escala e na escolha do tempo, eu sinto apenas algo mais, vibrando abaixo da pele, fazendo amor ao rés do delírio. pegue as malas e vamos. antes que os vizinhos acordem. desce os degraus. depois de tudo restaremos nós na estrada. as papoulas não murcharão na minha janela, mas não me importo, não estarei aqui. guardei este resto de luar apenas para isso. os portões rangem, cães malucos atacam o lixo da madrugada. talvez seja um pouco perigoso e estranho. mas, querida, não precisamos disso antes que como nomes tenhamos perdido os rostos que deixamos aprisionar num rembrantd ou velásquez. mas esta noite há apenas o caminho dos muitos caminhos. talvez, só por agora, pulando os interditos. (não esconda a angústia neste rosto rubro de medo, nestes olhos ansiosos e sem sono). talvez possamos ser livres só por agora, enquanto nos acorrentamos à esta escolha. vem, corre, o táxi espera no dobrar da esquina.

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