quinta-feira, 3 de março de 2011

"Este rosto que é meu, porque é nele
Que o destino me dói como uma bofetada."
(Cassiano Ricardo)

os pincéis dispostos uniformemente, tentando aplacar a fúria, o vermelho quente, a mancha de dor do rosto. aquela ruga, o quê diz. que constelação se pode desenhar em minha face? eu pinto, pálpebras, maçãs, nariz... alongando os traços. eliminando o tempo. recobrindo nas camadas de pó, a carne, futuro pó. o olhar é que nunca, apesar de tudo, se altera.

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