« Bisogna cantare senza misura, quasi favellando in armonia con sprezzatura,
togliendosi al canto una certa terminata angustia e secchezza,
si rende piacevole licenzioso e arioso, siccome nel parlar comune la eloquenzia
e la fecondia rende agevoli e dolci le cose di cui si favella ... »
(Nuove Musiche di Giulio Caccini )
comecei seu retrato pela linha dos olhos. eu gosto dos olhos, gosto das formas das mãos.... o desenho dos pés. não pude te dizer isto. almocei ao seu fantasma, com o corpo real de sua imagem diante de mim. deveria arriscar o toque? o que se arrisca quando não tem nada a perder? tenho medo. eu me arrisco demais. comecei um dossiê. escrevendo assim, ponto a ponto, descrevendo sua percepção numérica de mundo. estou me cansando de escrever. deveria montar quebra-cabeças... qual a imagem fundo de seu desejo? quais as peças que não se encaixam. queria saber como se escreve desejo em grego. cheguei a isto: επιθυμία. não sei transliterar o meu desejo. eu queria poder ultrapassar o toque, tentar na profundeza da pele este encontro em que teu cheiro me diz de tua presença. eu escalo seu corpo como quem sobe o everest, sou uma pequena parte das tuas alturas. gosto das delicadezas. não, não penso nisto como uma fraqueza. mas como esta delicadeza de cristal, quebrado, pode cortar a superfície da ideia. não estou para escrita. talvez nem devesse ter começado este espaço... quais as consequências? é você quem entra e quem sai, por quem eu cruzo neste corredor sem paredes, em que nos corpos não se esbarram, não se tocam. como insistir, ainda?
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