O poeta conta sua vida primeiro aos homens; depois, quando os homens dormem, aos pássaros;
mais tarde,quando os pássaros se vão, conta então às árvores...
Logo passa o Vento e há um múrmurio de folhas
Tudo que se pode traduzir desta maneira:
O que conto aos homens está cheio de orgulho;
o que conto aos pássaros, de música;
o que conto às árvores, de pranto.
E tudo é uma canção composta para o Vento,
da qual, depois, este desmemoriado e único expectador apenas poderá recordar algumas palavras.
Mas estas palavras que lembra são as que nunca esquecerão as pedras.
O que conta o poeta às pedras está cheio de eternidade
E esta é a canção do Destino, que tampouco esquecem as estrelas.
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