(ouvindo pass this on)
os olhos azuis. azuis formando um desenho secreto em azulejos lusos. talvez por isto eles me fascinem. ali, de sua torre, nas alturas, entre cabos e informações. tudo de ser visto de uma das janelas do meu quarto. imerso em números como um dos dois imperadores maiores. olho de lado. olho como quem apenas observa. desfazendo os pequenos cachos com o peso do olhar. entre a hipótese e a estimação: a decisão. talvez só queria te fazer perder a auréola. sem calculadoras. não menos ainda, abre as asas e voa. sempre neste silêncio rompante, dolorido, que grita na superfície da pele, aplacando um sorriso. poderia perguntar onde vão os anjos na quaresma? talvez um anjo feito o discípulo amado. talvez seja este trovão aprisionado na alma que lhe dê este brilho e controle de olhar: luz perigosa. eu talvez possa te encher de sorvete para te fazer pecar. talvez, abrir, a sua pele, suas cicatrizes... sempre perigosamente. eis sua parousia aprisionada num abraço. para além deste texto ruim, fica apenas o desejo olhando o céu noturno. sem estrelas.
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