domingo, 6 de março de 2011

escrevo respostas demais, para perguntas que nem sei quais são. talvez estranhos que passem por aqui apenas se identifiquem na semelhança de alguma sensação. mas eu não escrevo sensações, escrevo as palavras que nada dizem desta sensação. eu sei resolver equações. aquelas em que o s não é uma incógnita, mas um sujeito (que supomos saber dele). eu deveria dormir mais, pensar bem menos. não sei se consigo acreditar em coisas simples. não consigo fazer a barba sem me cortar um pouquinho. eu já pensei, confesso, em descobrir com uma gilete o mapa azul dos braços... mas tenho medo, medo da dor, do insuportável. fiz a barba, na preguiça, porque já os pêlos já roçavam o lábio. eu posso ser o mesmo, com ou sem barba? quem você prefere? tu não me diz de como me porto, nem tenho certeza completa de que você (indesejado leitor) me lê. ("...a casa da saudade é o vazio..." canta ao fundo bethânia). onde é que me afogo? me faz alguma pergunta para que eu possa continuar escrevendo... o sem direção é como a corda no pescoço, pelo tato, pelo nós dos dedos, eu mal sinto o cadafalso sob meus pés e tenho medo da hora que ele vai se abrir e eu terei de dar o derradeiro passo.

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