quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

gemido

assim, um copo a mais, um palavra de menos. engole no seco esta lágrima perdida no infímo do silêncio. assim, não se pode dizer assim. como se faz, como se gira, como se entorna a bebida. esquece as páginas. elas nem sequer foram tão importantes.
ele, usando os sapatos da mãe, passa o pó diante do espelho, rímel, lápis, escreve na pele aquilo que não poderia ser dito de outra maneira, ainda, talvez, assim se sabe como se pode. o personagem salta no palco. tem fome, outras fomes ainda mais.
o labirinto é perto. o espelho é confortável, algumas vezes. silência com um gole de uísque ainda. o pé sangra. sangra como se fosse um rasgo aberto no externo. o peito palpita. anseia por um não mais.

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