quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

[3] a pele

bebe devagar, o frasco de perfume ainda está cheio. eu não sei, repito novamente, o que há debaixo dessa pele que me arranha devagar. não posso ilustrar. o carvão acabou com o fogo que o consumiu. corrige devagar este gosto suspenso no ar. eu preciso. esticar o corpo, a pele do rosto, como um tamborim velho, tem apenas marcas. eu abrirei devagar meu livro em tintas sem datas. cortando a cabeça, sem abrir as penas. enquanto isso abra a tranca, os traumas, as cortinas.

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