(sarai qui - sarah brightman)
carta régia registrada. queria poder girar para além do envelope e da caneta entre os dedos, a força de marca deste nome. não posso escrevê-lo, não me pertence. há esta dor, que nem mesmo o exílio atropela, esta angústia tomada de fracasso e este desespero de duas noites sem dormir. simplesmente é impossível fechar os olhos, preparar-se para o pesadelo. dormir não é morrer. é liberar o sotão para os monstros. jamais retomarei a palavra lançada. como você lê minhas palavras? acho que é tempo de me prender aqui, entre o riacho e a relva, até apagar da memória o nome e a data, como o faz o tempo com as lápides. eu sempre desafino, amor, principalmente quando sempre me coloco à espera da queda do castelo de cartas, do teu silêncio, de tua escolha. eu sempre aquiesço. assino o contrato. placidamente. sorriso sádico de quem sabia, de quem controla (nada).
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