segunda-feira, 25 de abril de 2011

Advertência

Bem sei que para a maioria dos leitores de blogs (e não sei até quando este espaço será realmente “superado” pelo Tumbler ou qualquer outro dispositivo que no futuro venha a ser alternativa a este espaço. Confesso, em termos de internet sou melhor como catalisados de informações (designação que prefiro ao aspecto stalker) do que com design e enfim. A mudana na implica necessariamente minha mudança em termos de uma certe tentativa de produção poética, mas diz mais de um lugar de exercício de pensamento e de um risco. De todo não resolvi mudar o título do blog ou fundar outro porque em termos de Pactum Subjectionis isto já está também de alguma forma implícita. Amigos que queriam dialogar, propor idéias, são todos bem vindos. Sei também e assumo esta circunstância que meu tipo de escrita não é de todo fácil para acompanhar, confesso que é este é mais um motivo para tentar tonar as coisas um pouco mais simples, uma tentativa de evitar aquilo que Jean-Jacques Millers, na primeira lição de seu curso intitulado O inconsciente real, chama (evocando Jacques Lacan) de dizência [disance]. A dizência não seria necessariamente um neologismo, uma vez que foi um termo introduzido por Damourette e Édouard Pichon, em seu Essai de grammaire de la langue francese. A dizência seria então a língua falada pelas pessoas de determinados ofícios, como os termos técnicos, quase como o jargão (mas Miller evita usar esta acepção por considerá-la pejorativa, dado que “Um jargão é a língua falada por um destes meios que recorrem, seja por interesse, fantasia, ou tradições particulares, a certas construções frasais ou a vocábulos incompreensíveis para os não-iniciados”). Bom, neste sentido, minha tentativa não é tornar ninguém uma expert em pensamento,mas expor, sobretudo, caracterististicas, nuances (principalmente pelo fato de que ele é voltado para os meus, como se poderia dizer com Freud/Derrida/Spinosa, é um arquivo afeccioso).


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