terça-feira, 26 de abril de 2011

No campo de concentração

(para Aline Natureza)

General, três páginas escritas sobre a teoria organizacional dos judeus.
Mas ora, você acabou de esquecer, como, de citar um tratado do século XVI que versa sobre o poder e as questões de soberania. Rasgue tudo e comece novamente.
General, eu não estou conseguindo me concentrar neste texto ele dá muitas voltas e tem muitos parafusos.
O quê? você quer ir para solitária, ficar lá no escuro pensando sozinho e abandonado.
Não, não senhor, no escuro eu não consigo ler. A não ser que o senhor me forneça uma vela…
Vela? E ainda quer regalias, você acha que nós da Gestapo somos o que somos porque, poque tínhamos uma vela na escuridão. Nós escrevíamos, depois a gente via onde isto ia dar (Molière bem que poderia ter sido alemão…).
Mas, senhor, com o perdão da palavra, e as decisões não influenciavam as defesas e os ataques do exército?
Ah, eles eram bonequinhos de chumbo, ou vou se acha que ingleses e americanos não faziam a mesma coisa?
Mas e os franceses e os italianos?
Ah… aquela velha historia de alegoria. Esqueça.
Se eles pudessem eles mandariam ao front a Monalisa e o David só pra acabar coma diversão. Arte: só atrapalha a guerra…. Todo mundo tem medo de dar um tiro na porcaria de um Leonardo da Vinci. Oh, céus, porque tudo tem de ser assim?
Mas chega de conversa, você ainda tem de adaptar maquiagem a Maquiavel (sem o prefácio de Napoleão, claro) a Guerra do Iraque. Quero o texto em três horas sobre minha mesa.
Está dispensado soldado.

Um comentário: