sexta-feira, 7 de agosto de 2009

poesia póstuma

«un seul [c]rayon suffit»
a noite não repõe um dia
nem noite nem dia se alternam
no fundo curvo do corpo
que decanta na cama
que se atravessa celeste
se faz mortal
e nas mesclas estrangula
o ar das mechas
o anjo que arremedas
-ninfa tenebrosa e quente-
na escura sibéria
as sola de teus pés pequenos
em três arcos
os filtros mais fortes
te giram entre meu gênio
e destino
mirando num mágico poema
de inferno-paraíso
aprisionado num último lampejo
a virada do rosto
as cadeias da mirada

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