(para Andréa)
beijaresta rosa trêmula dos jardins das carícias
em que cravas os dentes
n'um arcanjo de línguas charmosas
um alfinete prateado em pura dor
de amante
de uma bebedeira secreta
mais do que um goëthe
que lhe dedicasse um verso
clássico
eu, que não posso, trovar à paris
fico a oferecer-te este buquê de
de estrofes infantis
de que bem sabes em lábios mudos
que a rosa condescendente
que descende do olhar da aurora
quando desce ao galho o último gesto
e de ferida vermelha
- cicatriz aberta -
caí
ré confessa
sem gritos
e recomeça
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