sexta-feira, 7 de agosto de 2009

(para Andréa)
beijar
esta rosa trêmula dos jardins das carícias
em que cravas os dentes
n'um arcanjo de línguas charmosas
um alfinete prateado em pura dor
de amante
de uma bebedeira secreta

mais do que um goëthe
que lhe dedicasse um verso
clássico

eu, que não posso, trovar à paris
fico a oferecer-te este buquê de
de estrofes infantis

de que bem sabes em lábios mudos
que a rosa condescendente
que descende do olhar da aurora
quando desce ao galho o último gesto
e de ferida vermelha
- cicatriz aberta -
caí
ré confessa
sem gritos
e recomeça

Nenhum comentário:

Postar um comentário