domingo, 23 de agosto de 2009

dor no peito

ela. ele. tosse. tosse. tosse. contorce. o peso no peito. chiados. encilhamentos de em-si-mesmo.  mil faces postas num pincel. maquiagem vendida à francesa. de um glamour único. a coxa que se toca e uma coxa intocada. não deve. dama solteira e  mãos largas de diller. unhas róidas e o peito que insistemente insiste convulso. tísica de terceiro andar. à deriva entre os gelos do sangue de maria. da margarida sem campo. de contorno e negros olhos. o rímel esquiva e irrita o olho. dor de fumaça de cigarro. dói. aqui. entre o espaço de coração ausente.  nenhum beijo. escadas e tantas.  nenhum texto. só a ausência reclusa da respiração que dói em saltos-altos e num copo de morte ganha. nenhum desconto. espera-se o sangue. dói as cores das cores e no espaço de si. caveira estreita. dói a poesia de uma ausência. à espreita dos pares: 1 com 2. 2 com 3. 3 com4. geometricamente. linearmente, a sintaxe foge. o porquê insiste. tosse. sem trinta e três. eu dou bandeira. descaradamente. nas bolinhas da minie. mato a disney. danço. jogo as cartas. desligo o telefone.

Nenhum comentário:

Postar um comentário