domingo, 9 de agosto de 2009

advérbio de tempo

o corpo dói. ainda. dói como a ligação que espero. insisto. às vezes. assisto de maneira compenetrada. a música não era, no primeiro circo, acesso infernal, tão boa. as sombras das pessoas se mesclavam ao palpitar dos olhos. o resto da maquiagem. eu esperei e não tive. ali. largo aberto na enseada. um sonho bucólico num balneário. sem telegramas. uma noite moderna. barroca. clássica. a quarta sombra que junto estava não importava. o relevante era o caminho. para além do absinto diluído em água. a fada escavava uma pedra de gelo. estavas longe. e a gentes estranhas. segundo círculo. feito argila. barro. lodo. ao som duído distante. e conversavamos. [... te dou com o gênero na cara...] e relembravamos, tão velhas. nas declinações das rugas, um vínculo artístico de uma nota de literatura. e olhavamos. no fundo de quatro. seis. olhos. azul e damasco. foi simplesmente depois de uma ótima noite. uma boa noite. mas aqui. ainda insiste o monumento da escrita. que me espera. para a morte amanhã (se será sempre penúltimo, quase literatura o bilhete, não insisto em terminar). acho que preciso encontrar o corpo neste submundo em que se acumulam os restos. o roxo do vinho barato banhando as unhas. marcando-se como ferro. e não mais. e ainda. e talvez. pintando um quadro de ausências. sabemos do desconforto posto para além das telas. e 3 caminhamos. 2 juntos. um perto. outros mais ao longe. entramos no táxi. as portas mal-humoradas nos olham. entramos garrafa e para além disso, (nos) partimos. às escondidas.

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