quinta-feira, 21 de outubro de 2010

quase peça

(dois corpos em cena)

você gira, torneia e me esbarra. não bato, não retruco: mordo! seu beijo tem um gosto diferentes, nem bom, nem ruim, estranho. uma cicatriz a mais. espero ligações demais. não patino, danço. sem rasgar o corpo, me diga o que desejas? entre dormir e não dormir sempre insisto no ainda. meu joelho falha, a carne responde. um chocolate. é o copo. vou dormir e não volto. que palco é este? quem é você? quem escreveu isto? o silêncio não diz. nem é sonho, nem pesadelo, é algo diferente. cores exóticas. abro as portas: da casa, do corpo, da alma, da mente. a imagem fugidia. abraço o travesseiro. onde estará a voz? insisto na queda. há sempre o momento em que o corpo vence a mente. declino. só, durmo.

Um comentário: