segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

notas



preciso retornar para mais fotografias. esta fotografia é minha. na página que te ofereço não te li. aqui, oculto em algum canto eu compus aquela melodia dodecafônica pra ti. simples até. os estralos rompendo na pista. mas eu ainda não te conhecia. ou talvez já. ou talvez nem soubesse. mas eu carregava meus versos e meus fantasmas. meu cortejo em que se sentavam à mesa mário de andrade, piva, rimbaud... e tantos nomes no vazio do nome, no sem rosto da página. eu não tenho sono. não ainda. talvez precise um pouco. talvez eu insista em falar contigo de novo. mas você nem sabe disto aqui. deste outro. eu te disse que te escreveria, mas nem tenho seu endereço. daqui, eu apenas posso ver um lugar. tua cidade próxima, sem luzes, sem pousos, talvez com algum segredo. suspendo a literatura. sem arte, danço e me equilibro num meio-fio. qual a velocidade média do carro que não-vem? um táxi, o metrô. quantos minutos são necessários para te achar em meio à multidão. você lê e pensa que isto é pra ti, mas não é. é para o outro lado, pelo não-lido. entrega as veias. eu ainda preciso desenhar uma curva perigosa que a lente da objetiva não capture.

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