terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

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O que temos para comer? Há um prato frio abandonado sobre a mesa. Há um lençol velho abandonado sobre o corpo nu. Você não sabe nada de mim, diz a voz em off. O vento continua entrando pelas janelas e trazendo insetos. A vida corre para baixo. Na esquina, um cachorro uiva. O sonho é sempre um céu sem estrelas. Faço contas. É preciso sempre o terreno do cemitério. A máquina pede que escreva um verso bom, uma boa coisa. Que faça sonhar… mas para quê mais um sonho em meio a todo este ruído delirante? Talvez seja hora de parar. Já tive minha hora. Não posso mais. Não espero mais. Eu vejo daqui a cidade, o mar, tantas luzes, alguns poucos carros já passam. Eu mesmo já passei.
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