sábado, 26 de fevereiro de 2011

la dolce vita


(ao som de “confesso” – bethânia)

no entorno da sé foi onde te perdi. tenho a fotografia datada. no verso talvez coubesse escrever teu nome. mas tu foi sumindo devagarzinho, virando as páginas, calçando os saltos, se afastando. se olhar direito talvez eu te encontre pendurado em alguma janela. tu não sabes do que eu sei. de chico, pernas cruzadas, cigarro ausente, sempre retirado de tuas mãos. (what would the community think). eu é quem talvez tenha abolido, no medo aberto, nossa vacanza romane em que tu bancarias gregory peck de lambreta e viria pegar para a fuga sempre aos finais da tarde. mas não tenho culpa, minha vida não tem um roteiro de wyler, por mais que as pérolas, os chapéus, as luvas... se acumulem no guarda-roupa e a mala quase nunca feche. você ainda é capaz de pronunciar meu nome?

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