segunda-feira, 22 de novembro de 2010

sábado 14 de abril

(Pequim)

Tempo coberto. Dormi mal, travesseiro muito alto e duro. Enxaqueca.
Noite de ontem: reunião com os guias. Pequeno salão do hotel. Cadeiras brutas, encosto em ganchos.
A "polidez" e as câmeras.
A austeridade: meias não repassadas.

Golpe de vista pela janela às 6 horas da manhã. Badmington. Um desempenha muito bem, eles trocam - justo alguns movimentos, como se fuma um cigarro.
Os corpos? torneados e elásticos. Uma bolsa lateral.
Sem diferença sexual.
Tudo num só golpe, um, onda elétrica erótica: é que ele tem olhos inteligentes. Inteligência vale por sexo.
Mas onde eles colocarão sua sexualidade?

Sinto que não poderei esclarecer nada - mas somente nos esclarecer a partir deles. Então, é isto que está escrito, isto não Então, a China? mas Então, a França?

Cortejos de escolares com bandeiras vermelhas. Brecht. Procurar a Cor. Cinzas azulados. Manchas vermelhas. Fer. Cáqui. Verde.

Praça Tian An Men: Grupos. Andando, Andando. Assobios.
Coro. Estereofonia.
Marselhesa.
Instrutoras, instrutores.
Mochilas, cantis. Crianças. Código militar.
Doze-catorze anos. De mãos dadas. garotas: bolsas, vestes curtas + calças curtas (clipes de bicicleta).
Às vezes sol, brisa. Tudo com algum charme.
Os velhos tem ainda mais maravilhas que as crianças.
Nenhuma bela pele.
Lenços, o veludo.
Mãos finas. Olhos vesgos. Rostos finos.
A categoria "instrutora chinesa".
Bumbuns grandes. Palhaço.

[...]

Obs. tradução de parte do 3º dia do Carnets du voyage en Chine. De Roland Barthes.

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