quarta-feira, 17 de novembro de 2010

de quando só se tem palavras

são 3h47 e preciso escrever. as palavras que embebi em gim tônica, com uma rodela de limão. sobrevivendo na moda, na passarela hostil. eu disse não. minha gola cinderela. minha classe à givenchy. há esta angústia dolorosa feita silêncio. não me faz me cansar. não me faz cansar. precusi suspender a escrita. não insistir. só responder. sou frio. como as pedras de gelo da bebidas. lágrimas nunca choradas não evaporam. o lenço escondido do drama. tão novela mexicana. tão isso. minha charlote é carlota joaquina. queria poder o mais de silêncio, este além da palavra, na superfície da pele. disto que é impossível de dizer. eu sou lógico. meus sistemas, minhas ordens, unitariamente.... suspendendo a dialética. sem juízos. sem bem/mal. apenas isso. força de escrita de um dedo que toca a tecla, que toca outra tecla, que volta e apaga, e reescreve. não durmo. não sonho. não faço. queria. mas tenho apenas isso e nem isso posso te oferecer pois isto me atravessa.

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