segunda-feira, 29 de novembro de 2010

charles swann

(para ronaldo, quem sabe)

longtemps, je me suis couché de bonne heure. parfois, à peine ma bougie éteinte, mes yeux se fermaient si vite que je n’avais pas le temps de me dire: «je m’endors». talvez o que eu procuro não seja um tempo, longíquo e disperso, mas apenas um rosto para prender no papel. quem sabe ainda o labirinto aberto na biblioteca seja como aquela simples fotografia de quem lê exposto ao tempo. ao cru da vida. que seja lógico, ainda. que seja apenas um borrão. o que sempre significa vem atrás da folha, sem legendas. ali. no lateral inquieto. na sombra pulsante do olho. e se tudo sempre estivesse nas mãos de albertine? o que você traz no bolso. você poderia ser abrir aqui, para além da cena que se desdobra em um espelho secreto. ou não. ou ainda. eu insisto em impossibilidade. um chá. não qualquer um. obviamente. você devera acertar, armando de leve o gosto, a cena, o aroma, o ambiente. todo abraço é mais que o quente do dia. cette idée de la mort s'installa définitivement en moi comme fait un amour. non que j'aimasse la mort, je la détestais. mas e que ainda. brasília tem os pontos em estrela, abertos como em rosa. minha voz futura é sobre e não poesia. na a grande. nem a tua. mas aquela. dos 70 que eu não vivi. eu só pediria uma letra mínima. uma letra em direito. uma letra de direito. uma letra por direito. correspondência incompleta. você entende esta biblioteca? armado de tesoura eu roubo e rasgo um livro para ti. quem sabe. é este o meu mínimo agora. sem esparsos. sem lacunas. sem espaços. há uma última palavra?
a última pincelada...
...s'ils ne peuvent pas prononcer certains mots, cela n'a rien à voir avec une attaque, une crise d'aphasie, mais vient d'une fatigue de la langue, d'un état nerveux analogue au bégaiement, de l'épuisement qui a suivi une indigestion.

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