a Valéry.
o lis lânguido despido do desejo de tua nudez, vertendo e versando sobre os corpos jovens das palavras, fontes de sussurro, som, sentido. sem tudo, no entanto, os hinos ao sol se dobram em lágrimas loucas. compreendemos a relva das peles. a lua de teus olhos observa-se neste espelho de largo horizonte de rosas harmoniosas em que os espinhos só querem o alvo da tua pele. esqueças o riso da hora antiga. a triste beleza das fontes mágicas em desespero. exploramos a chave fatal e pura deste teu predestinado sorriso em que afundas e capturas nestes olhos de um mortal azul. imagem de úmidas e humildes flores coroadas. ondas franternais de calor se erguem em ametista. deveriamos estar lá, embaixo, abaixo dos céus. entre outras estelas, à sombra das estrelas. espelho de sonhos incensatos. a hora última é tem um perfume no coração suave. a teu lábio, o espectro dorme em seu sonho apaziguado. a meia-noite segredo, meia-voz, meio-vós, nos cálices de teus ombros, pálida flor em pálio pálido, a incerteza! a solidão eclode tristemente nesta cadeira de adolescente e doce princesa. a hora mentirosa é tortuosa aos teus desejos, neste crepúsculo em prosa de um azul encavalgamento que tropeças na noite. sobre teus lábios, a gema morta do sonho, aliança de estrelas desconexas. entre o funeral e enlevo, as fumaças e os perfumes me exilam. queria este beijo noturno e fatal, careço deste doce crista... toque-me o ombro, a mão apenas, verse para a lua o teu sorriso, tua flauta isolada. versos de lágrimas distantes em urnas de prata.
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