quarta-feira, 9 de setembro de 2009
dramma per musica
tua boca se abre, caverna escura conhecida pelo ecoar dos passos, no meu sonho. sinto em filetes o gosto de tua pele entre os dentes. violentamente seu cheiro me invade o estômago. sei da dor de gozo da marca roxa em teu ombro direito. a mão esconde a coxa. tudo é sonho. pesadelo em notas falsas que não pagam minha entrada na farsa. dizes qualquer coisa em inglês, parece horrível, mas não entendo. bato os calcanhares diante da estrada de tijolos vermelhos. bato a piteira para espantar o mal. as cinzas são futuros diamantes. perco os laços que me atam ao corpo. se houvessem anjos por perto, certamente os veria. ainda é um sonho racional, é meu sonho, insiste o coelho pensante. meu sonho: é julgamento. crime genial. sem mortes. minhas costas sempre doem. o vestido não fecha mais. sonho de infância. sei que não me desejas no fundo da tela. os relógios se fundem com os ovos num vão sonho surrealista. fumaça de cachimbo. a dor que dói e que se sente, senta aqui do meu lado. um último pecado. a cadeira manca e balança sem uma perna. se faz tripé de pitoniza entre ser-pentes. o augúrio nunca é bom e independe do rosto. sempre há sangue, muito sangue nesta dor de estar sozinho. e querer estar junto. e só. mas não há. nem pode haver. se pode ver?. recito uma matemática impossível no ar e que se some ao contato. e perco o sono e ainda sonho. cisne suspenso no ar noir. pato recheado sobre a mesa. invento uma crença difícil de crer e por isso cerebral. o ponto virá quando dever vir. tento não esperar. a borboleta que desenho sobre a caveira bate as asas. puro jogo significante. soco a maquiagem. seco o rímel. soco teus dentes. costela de adão fremente. rasgo três capítulos desta história. o paraíso perdido do sem fim no espelho. mando minha corja de leões à caça de diane de poitiers. assino o virtuosismo italiano com finèsse francesa. não me importo com seus esportes, tenho minhas artes e meus leginários. rearranjo os cachos e assino. Amour, Christine de Lorraine, a XIII mulher presa nos versos de Ronsard.
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antropofagia en sueños humedos...
ResponderExcluirhoy es viernes, y los viernes yo me enamoro!