segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Não um filósofo, mas um estrategista.

(para Luiza Ribas: “não é uma teoria, é um plano”)

A cena está aberta. Os atores não sabem a língua que falam. Há um engano assombroso nas cortinas fechadas. Há uma sociedade que se põe com os corpos em aberto. Qual a mágica do espetáculo? O garoto quer militância e repudia a psicanálise. Qual é a situação em conflito? A vida atravessa a arte. Nem mesmo a minha identidade permanece igual. Algo que é o que nunca foi insiste. Podemos pensar no crime sem cometê-lo? Você quer ou você deseja? Não temos lugar aqui. Levante, corra. Todos sentados não lêem. As imagens passam rápidas, a música ensurdece. O corpo nu apaga o desejo. Qual o motivo da tua revolta? Há sempre aqueles garotos que insistem em maio de 68. Vimos juntos aquele filme do homem que virou suco. Aqui tudo começa com a possibilidade do delírio, portanto, é por isso que eu posso escrever. Não faremos a revisão dos mortos. Eu só consigo ver através dos meus olhos. Sem documentação burocrática (Casa Pratt para reparos de máquina de escrever). As trilhas que segui em São Paulo vão para além do Pateo do Collegio. É um corpo estranho que se esconde na Missa. Eu preciso insistir na pergunta, ainda: quem matou Roland Barthes, Gianni Versace e Lady Di?

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