sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pedido

Escrevi para ti, meu cisne, uma carta para enviar de Paris. Talvez não seja bem uma carta, talvez, meu querido, seja mais como um cartão postal em que gotejo devagar, miando, enquanto a água, como o Senna, escoa e corre. Talvez também possa ser apenas a torneira aberta nesta madrugada silenciosa, sem você. Ah, o seus miados com seu belo sorriso me fascina. Não quero que chores, você sabe que odeio te ver chorar e isto é que surpreende. O sol agora talvez tenha aparecido mediante a tua possibilidade de aparecer aqui. Ontem, enquanto escrevia, apenas chovia. Hoje o relógio dói, mas o tempo está maravilhoso. Isto é, devo dizer, uma agradável surpresa. Deixa isto que estas fazendo, vem comigo, seguindo meus traços, minha escrita, minha pequena paixão por você. Tinha um convite para fazer para ti, esta noite, mas tenho medo, afinal há quanto tempo não te vejo. Nossas crianças é que brincam, neste delírio de poema incompreensível, nos jardins. Eu me lavo enquanto você se veste, sinto seu perfume, vejo-o dando o nó na gravata e pedindo um vinho tinto a mais para pintar e adocicar nossos beijos. “Eu já espero há muito por isso… há muito eu sonho com você.” Eu não ouvi o despertador. Amanhã estarei de volta. Amanhã iremos para São Paulo. Por mais difícil que seja, cruzados vitoriosos, não desistiremos. Eu não queria te dizer, mas estas flores, estas aqui, são para você!

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