sábado, 5 de junho de 2010

Peixinho Gordo

(para Matt)

Tens uma surpresa para mim, meio conceitual. Vitória. 17h54: ainda tenho batimentos cardíacos. Pressão: 119/59. O peixinho gordo merece um poema, dizes. Não obstante, não sei como encontrar o poema. As palavras demoram cada vez mais, não dizem, vejo apenas as manchas no fundo branco da futura página. Sem mágica. Meu Lacan grita de dentro da gaveta. Sua cara de piriguete e seu jeito tubarão, quem sabe. A chi ? Não sabe? Sou teu irmão mais velho, mas não pense nas minhas bochechas. Il bandito e il campione. O riso é sempre mais caro e dolorido que o cenho franzido. A passagem está livre. Invente um ângulo. A brisa não levanta minha saia, não mesmo. Eu não vou, tenho de perder minhas horas escolhendo uma garrafa de vinho ainda, mas nunca me atraso (tenho meu submarino amarelo, capitão!). Caso precises de mim, me encontre, estou por aí, meio na moda, meio fora dela. Me afogando por não saber nadar. Eu não caço borboletas, extermino velociraptors. Dê às mãos: minha palmatória. Aprenda meus cálculos e JAMAIS desenhe nas minhas aulas. Meio Nemo recém saído de casa para descobrir o sexo e a cidade. I got my eye on you.

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