quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

meio ginsberg

(I opened my door)

teclado aberto como um horizonte sem fronteiras. esperando. quem sabe aquele sentimento a mais. esperando que você apareça. mas você nunca vem. talvez eu não seja um poeta. talvez eu não queira ser poeta. sou um simples estenógrafo dos dias, do tempo. do meu dia. do meu tempo. disto que é aquilo que finjo ser esta vida. eu erro a ortografia inventando um código. procure. sempre. correndo num supermercado em paris.correndo através da avenue opéra. sem música. estou extremamente fatigado para fazer estas imagens. estou cansado de ter de implorar este excesso. meu trabalho de casa será um haikai nunca publicado. "bebo meu chá sem açucar, não sinto diferença nenhuma".um orgão selvagem. será que estive no teu sonho. o que significa estar em sonho? o que significa um simples pedido. há aquele eterno desejo lateral. eu abri minha dor. minhas dores naõ tem portas ou janelas. são asfixiadas pelo sem-espaço das palavras. Can I bring back the words? o privilégio desta existência é o que eu te digo. minha existência intermintente em poesia sem poetas e sem deuses. eu e você abandonados à batalha nos lençóis. não acenda a luz agora. não quero ver as marcas de "your long sad face". nos lençóis, não há derrota.

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