sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

cenas-pensamento IV

um galo canta. outra vez. o dedos se chocam com as letras. outro canto. o canto do quarto é escuro. o s cantos de mim além de escuros são densos e úmidos. apesar de tudo não é uma floresta tropical que ressurge e vibra, mas o deserto que insiste. esta secura dolorida de mim. de saber-se assim. não nasci para fazer nem o que acho que sei fazer. me deixa gostar de ti, do meu jeito. datilograficamente vencendo os quilometros. talvez eu nunca veja um pôr-do-sol além do painel que estou pintando. talvez eu só tenha os dedos sujos de tinta, sem lágrimas, na testa o suor ainda. quem preenche o espaço lateral agora, tem garras e morde. mas isto só me diz que ele está aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário