sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Nas pernas de Ginsberg

jazz e sexo
a noite quente queima
as faíscas
os corpos ardentes
uma estrela cadentes
talvez um pedaço de céu
(no fundo é apenas uma pedra, sabemos...)
brilham juntos
conseguiria destrançar estas pernas
e os poemas
na escuridão?
uma boca aperta em O
talvez espanto
gosto mais do talvez
do que do sim e do não
a mão se move
não para escrever
mas pra violar um segredo
para o centro
ali onde se perdemos
na carne ,
respiramos no mesmo tambor
euvocê convulsos de nós
a pele treme
os astros param ainda
é Vênus que se deixa obliterar pelo seu sorriso
jogue os dados
onde?
na felicidade
- não acredito no céu -
os lençois amarfanhados
de suor e desejo
é preciso parar
é preciso partir

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