quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Código de Barras

Acho que estou vencido. O scanner lê meu rosto e para além das rugas esquadrinha minhas preocupações. Não sei qual é a carta suspensa. Uma dose extra de uísque sempre vem carregada de pensamentos demais. Finjo que tu acreditas que eu não sei o que eu sei. O décimo arcano do tarô não guarda os segredos que lhe despeçam do bolso. A cabeça gira, talvez por dormir mal, os pensamentos não tenham se acalmado e guilhotinem um pouco a razão. O que será que faz o menor sentido? Tenho minhas dúvidas agora. A gente pensa que entende, costura três diálogos. Não desenho meu maior medo. Quantas barras tenho te transpor? Como realizar ainda este gráfico? Um pequeno anjo barroco dobrado ao espelho se finge ao espelho. Não deixarei a maçã no escuro. Como organizar a estante ainda com os livros que sobram. A sombra que paira no quarto é apenas a minha sombra. Sem Claricismos.

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