quinta-feira, 15 de abril de 2010

(Stairway to Heaven. Led Zepelin.)

Choses dans les tenebres, selon ses lumières. O que ouço é apenas isso. O que escrevo e registro, mais uma vez ainda, é o silêncio. Doze horas. Minha mala esta quase pronta. Meu corpo já ressente o perigo. Me comprometo em escrever um romance. Ainda me falta uma nota, um perfume ainda. Ceci n’est pas ça que tu as pensé. Je le sais. Escrevo em vermelho. Eu perguntei, certa feita, sobre anjos, mas não obtive respostas. Minha pergunta se fez apenas minha questão. Impossível de ser perguntada restou de lado, no fundo do meu espelho. minha biblioteca está vazia. Sem acertos ou assertivas. A minha Paris não está no início do século. Não entendo nem meu português. E que angústia isso: um caderninho à Picasso que não pode ser roubado. Os moleskines foram feitos para jamais serem perdidos ou pedidos emprestados. Não procuro mais nenhuma função além das barras. Desenhei minha sintaxe e minha lady vitoriana que sabe demais guardou os pergaminhos sagrados deste mar morto aberto entre as costelas e respiração impossível. Sempre almoçamos à francesa, mas hoje (não entendo) fomos à italiana: largos e gordos. É apenas futuro, como torneira aberta. Para não economizar frases e destruir minha anorexia. Descrição? Rasgo no teu relógio que não volta as horas nosso intervalo alucinatório. Não teremos, talvez, sequer NY. Entende algo? Claro que não, estou tão longe que até pode ser até esta Paris. Mas há algumas palavras aqui que consegues entender, não? Não, não invoque com a caligrafia. Quando ela é simples ou rebuscada, tu apenas vê os riscos e não o que se forma a partir daí. É preciso se afastar da superfície. Meu D não é um M. (politic/politique). Temos fome, sede e necessidades especiais, mas ouvimos, tentamos e entendemos. A família sofre junta.

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