dói, sim... há dor
a dor dos olhos abertos em espera silenciosa
escondendo na luz azul
saltitante o desejo que se escoa
e impede
e diz não
tantos nãos
e menos ainda
sabe-se
revira-se
fantasma do agora
eu queria
e não deveria
dói
ainda mais este talvez não
que vejo, entrevejo e renego
sono, ausência, papéis esparsos
pulso suspenso ao ritmo lento do relógio
e respiração
eu só desejava
este humilde a
que enviaria como letra
sonho e espera
mas não sei
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