terça-feira, 7 de julho de 2009

idade média. médio. meio. centro do caminho. tenho de trocar flores por um salto. salto. pulo. descalço. descaso. elogias um português que não vês tocar em formal. debussy chama para o cinema que não há. descasco. vejo o celular, apreendo na luz tecnológica os detalhes de salvador dali. esboços de picasso. entrevejo. curvas. planilhas. um poema-objeto se deixa capturar. há a página do diário. o memorioso insiste. a escrita da bíblia que não quer o dedo de deus. um ator anônimo com um nome proscrito e o peso de geração de sangue. o retrato de uma fisiologia do quatro. insisto no lugar do olhar. do eu. traumas africanos. dessa mãe-mão-mulher. século de orelhas. olhos. touch. tela. vela. luz. não há nada que diga e se insista no drama da mulher que de pés descalços leva o cachorro p'ra passear e é assassinada. nenhuma política. apenas factual. polaróide descompromissada. olho de dor estética. paixão maquiada pela grandeza da maquiagem diária. nem todos os homens são nobres. nel mezzo del camin... há tantas coisas. e tantos nãos. e insisto que não sei. e o eu aqui não é válido de verdade. bufão sem mangas. nem poker sabe jogar. escreve e metrifica prosa em largos pensamentos de ocaso. rombos e cólicas matinais. eu quero a maçã. respiro, virgem: Virginia.

- Adão, não há nenhuma serpente no inferno. apenas no paraíso.

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