terça-feira, 28 de julho de 2009

antiviajante

o tempo deixou seus rastros
frutos borrados e esquecidos
convergem n’algum ponto
entre céu e mar
influxo e espelho utópico
o azul é força da economia da obra

sem trajetos
à distância das colunatas
do aqui e agora
ao revés do invés
como pedralta lustrosa
de verde vaga
vazio azul não esconde
rosto salgado de serena sereia
brilhos de dança e néon
o belo não me bule

o cálice sobre a mesa abre-se
passaporte impossível
não... não... não...

cílios seqüestram
escondem em círios
última impressão
voz falha
expressão falta
resta o grito agudo e rouco
de socorro
na chuva abafada
a captura do talvez
sempre último
sim

raio
de cúpula e máquina
desfaz e impede

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