quarta-feira, 8 de julho de 2009

a mão incha. o pecado de sangue se faz saber. o lado de dentro quer fugir ao controle. o espelho se vira. o espelho se revolta. os vatícinios se fazem ouvir. silêncio no vão das unhas. falta de fatídica fome de madrugada. em grego as palavras se recitam entre quinas e esquinas de penúria. os ossos tilintam prata. aguda e fina faca. BETA: na longa curva do clichê arrastado ao negro dos cílios. o respirar kantiano. o relax. o encontro. META: a coceira insiste. sinal vermelho. vermelho-sangue. vermelho-dor. vermelho-luto. vermelho-de-barbas-longas. o corpo espraia-se. aberto. o frio impede o suor. o fiol dental engasga-se numa boca de cadáver. acendem-se misticamente velas imaginárias vermelhas e pretas, num fogo azul... ZONA: encantos surdos e nus. o beijo fatal. a caveira morde e arranca os orgãos com que vive. o deitar do último golpe de sonho. quente e seco. re-laxante. a mão palpita ali onde habitam moscas. o salto e suas agulhas. um suspiro 3x4 e um desejo 15x16. out-dôr. o celular toca. a maquiagem e os dólares de sobreaviso. vide: perigo. último canto. sempre último espaço do corpo. mulher má e cruel. cálice barato de vidro pesado. (queria um beijo). sorriso D&C perfumado nos cabelo Chanel. a tatoo coberta de pecados silenciados (resta apenas um abraço distante e o beijo negado). a fricção delirante das oitavas da voz soprano-sem-palco na goela da noite. (e cravo, os dentes.)

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