domingo, 12 de abril de 2009

trono vazio

quero traduzir um velho poeta
numa língua desconhecida
mas as letras
fotografias de mim
não me servem
escriba para nada
hierofante de vãs idéias
cujos borrões
cerceam uma última floresta
que se quer tropical
chuvosa e derradeira
entre os jarros e colunatas
de fantasmas
a mão que insiste
é sombra de um hieroglifo
paranóico
que resta junto ao pó
do trono
roubado

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