domingo, 19 de abril de 2009

Ev. Brèal

poderia escrever um acróstico
observando a partir da linha
das costas
o desenho que se forma em mim
e neste canto
encontro de paredes
delinear nas vogais um número
de mim
e contar nos eus
de uma poesia heliocêntrica
que cavalga nas ondas
de um amazonas longíquo
a imagem é bela
mas o real nela perdido
não sei
e tal qual Narciso
preso no espelho
assinalado, talvez, um último suspiro
e declino
do convite
as taças, a festa....
fecho as pernas
esqueço-
nas cruzadas
e com a mão na cruz da espada
respiro
e morto
ainda me insisto vivo

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