terça-feira, 21 de abril de 2009

O sexo e a cidade

armando uma relação dolorida alguns personagens entraram num carrinho feito de grafite (grafite, ouvi dizer, é o passado do diamante) que no futuro valeria alguns pouco bilhões de alguma moeda então em alta (se então não formos comunistas socialistas coisalistas museualistas lisístradas lisestradas) e nas estradas fizeram sexo nos mapas enrolaram baseados no limpador traseiro puseram a mão com fome muita fome que não se saberia dizer realmente em que pé estavam não se pode afirmar que não se conheciam - um entrara mais do que somente e apenas na alma do outro muitas vezes que a alma já macia se esquecia e se aquecia neste galho alongado em que mãos e dedos tocavam e trocavam o passo da marcha sempre para mais adiante para além do paraíso (faziam câmbio com os anjos) a fumaça corria são francisco pervertia santa clara envolto por um grande arco-íris e isso não poderia ser heresia porque isso era bom e o bom não pode ser pecado cochichava sr K entre as coxas do sr B tentando como adão e eva fazer nascer sua geração de homens-bestas ou bestas-homens e demônios sorrindo pediam mais do que paz e amor (sempre se deseja demais): apenas um pouco de sexo, uísque e literatura - sr G dirigia as coisas com ar de quem sabia muitos números de telefone para as muitas noites sem sono e sorria quando a mão do carona lhe abria o zíper - sr L ? sr C? sr abc? - não importava - importante é que havia uma mão ali como sua mão na direção enquanto uma mão movente dirigia o corpo outra indecisa entre ascender aos céus e descer ao infernos subiadescia e dirigia a alma e seguiam fumaça à frente, radioativados pelo álcool que envenenava a lataria e o esqueleto do possante macho com cheiro de macho carregado com um sorriso james dean e um jeans surrado que sempre teimava em seduzir no reflexo malformado de um ray-ban.

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