o céu reflete a curva
das tuas coxas
nas engrenagens que sustentam
(duas colunas esguias e morenas)
o anjo translúcido
de tua vergonha
com pestanas longas
e maquiladas
de negro e derrocado
temor
de noite
de raposa noturna
envolta em panos
tecidos finos de murmúrios suados
com segredos ocultos
nos brilhantes
que ornam os longos cabelos molhados
e assim
torcida
árvore descendente
que gira e dança
num olhar perdido
afivelando as altas sandálias
com que marcas
e espetas
os limites do fim do mundo
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