as estradas se confudem
ariadne tem o rosto desfigurado
e a figura que trago tatuada
esconde uma cicatriz épica
na coxa esquerda
mas me restam os cigarros
e a recusa
de mil olhos coloridos
- pavão, sombra, destino -
de minha tragédia
entre xícaras de café
num cruzamento vazio
enquanto o angelus soa
e posso ler
neste vazio
entre guardanapos
nos borrões de batom
a minha história
fúcsia
que afogo
nas páginas de um romance
que não escrevi.
Me lebrou da OPala! da Azougue
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