sábado, 18 de agosto de 2012

nota

quisera ter coragem. aquela foto que teus olhos tocaram. quisera deixa as coisas assim livres desta auto-ajuda barata. esta escrita ruim que insiste. estas combinações inusitadas que no fundo não servem pra nada. todo um postal mentiroso. nunca chegarei a sylvia plath. mas ainda resta o voo de um quinto andar. mas o que fazer se moro no térreo? você vem, me visita, te ofereço café e tu recusas. deita na minha cama, imóvel... eu faço o que não devia. dormimos. acordamos atrasados, tu precisa ir, tu quer um banho. toalha azul à esquerda, a mais grossa. eu me abandono nos lençois. e tudo isto é mentira. meu amigo sabe do menino que gosto e fica com ele. não entendo. e ainda me avisa. quer dizer que é mais do que eu, é isto? quanto tempo faz desde a última vez que me senti acolhido verdadeiramente? não consigo ouvir beatles, não hoje. não agora. eu dormi no sofá. eu pedi socorro e não fui atendido. gritei, mas a voz que saiu não era a minha e não fui ouvido.  a tristeza nunca vai embora, não é mesmo van gogh? desculpem-me, mas a vida esta se tornando insuportável... minha trilha sonora tem dalida, desde aquele outro garoto. eu escrevo cartas... penso no meu bilhete suícida, mas... já tentei barbituricos e uísque, não deu muito certo. não fui dormir, talvez tenha sido este o erro, fui tomar banho. é desculpem por todo este sangue, por estas palavras que não valem nada.

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