quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Quanto vale um não

resposta rápida batida junto com a maçaneta girada rápida e a porta fechada. 06h57 da manhã. a vida poderia ser tão higiênica quanto uma noite num quarto de hotel. 200 euros. eu quis, talvez e esperei. poderia não tê-lo feito, mas criminosamente fiz e não ganhei. nem sequer um abraço. eu não poderia pensar de outra forma, não suspeita. a gente nunca corresponde exatamente ao traço de maquiagem diante do espelho. não há como apagar as linhas amarfanhadas dos lençóis insuspeitos e fazer o que deveria ser feito. sequer sei o que fiz. é um lugar de precisão. a gente ainda conversa: um tipo de não. inocente, deveras singelo. meu corpo não pode ser tomado na bandeja. um poder público que se ausenta num único gesto não-nobre e não-delicado. a garganta dói enquanto a pele queima a poeira de um azul imenso e profundo no escuro e na silhueta recortada numa luz televisiva. somente os fugitivos se vestem à sombra. é trágico fazer um mapa e trazer consigo. mas tem coisas que são precisas. minha mente lógica desenvolve o logaritmo. ainda há um resto de café da manhã e um banho a ser tomado.

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