terça-feira, 24 de janeiro de 2012

21/01

...( é nestas noite em que meu corpo esgotado não consegue desligar, apesar do cansaço, e gostaria de acreditar, mas é um luxo que não consigo suportar. e tudo dói. o silêncio, a solidão, o abandono... sobretundo os pensamentos. na ânsia de quebrar o silêncio, já que não seria de bom tom cortar a madrugada em um grito, não se deve acordar os fantasmas, nem os vizinhos... grito um grito seco e abafado, sem voz e escrevo. apelo a um outro, a alguém que rompa a cadeia, como uma algema, berloque precioso, recoloco o problema do desejo. mas como num delírio num movimento sádico nunca poderei saber se o outro está lá, presente, na ilusão solene de uma resposta ou na conjunção banal de alguns caracteres. e a dor irrompe, engulo o grito, mudo o conceito: solidão > solipsismo - para manter alguma resistência. coloco o ponto final. opto pelo inesperado e pelo silêncio. tão mais penélope de ítaca que helena de tróia. cuidado jasão. cuidado creonte. medeia ainda escreve.)...

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